Francisco Vieira • 30 Jun 2024
Dia Mundial das Redes Sociais: navegar na realidade digital com responsabilidade e humanidade

Em 2024, as redes sociais mantêm a sua dinâmica vibrante e em constante evolução, onde o gosto é moeda de troca e o ‘’follow’’ uma promessa de amor.  Porém, por trás das “selfies” perfeitas e da cultura do gosto, encontramos realidades complexas e desafios que merecem a nossa atenção e reflexão crítica.

Destacam-se questões como o impacto das redes sociais na saúde mental, com estudos associando-as à ansiedade, baixa autoestima e depressão. As redes sociais podem ser um campo minado para a saúde mental e é crucial que as plataformas e os utilizadores, adotem medidas para promover conteúdos positivos e iniciativas de bem-estar digital. A disseminação de desinformação e discurso de ódio representa igualmente um  grande desafio, que as plataformas deveriam ter a responsabilidade de combater.

Neste cenário dinâmico, emergem diversas tendências. A realidade aumentada (RA) continua e promete revolucionar as “selfies”, permitindo a visualização virtual de produtos no mundo real. A popularidade dos vídeos curtos, como TikToks, Reels e YouTube Shorts, exige mensagens cativantes em poucos segundos. Se não conseguimos passar a nossa mensagem em menos de 60 segundos, talvez seja melhor repensar. As “stories” de 24 horas continuam a explorar o “medo de perder algo” (FOMO – Fear of Missing Out), confundindo as fronteiras entre o real e o virtual. Podemos dizer que o efémero é eterno. 

As “lives” tornaram-se montras virtuais, possibilitando compras em tempo real com interação instantânea e ofertas exclusivas, sem sair do sofá. A otimização de conteúdo para pesquisas por voz tornou-se essencial na era da inteligência artificial, enquanto os micro e nano-influenciadores conquistam o público com autenticidade e “engagement” genuíno. Ao que parece, já não é preciso ter tantos seguidores. Por esta não estava à espera, e ainda bem.

Neste contexto, a sustentabilidade surge como uma preocupação central, com marcas que a negligenciam a arriscar ser “canceladas”.  Os consumidores estão cada vez mais conscientes e exigem marcas transparentes e responsáveis, destacando a importância da construção de relações baseadas na transparência e ética.

Mas nem tudo é cor-de-rosa, porque até o melhor filtro do Instagram não consegue esconder alguns problemas. O vício em redes sociais é o novo tabagismo do século XXI, exigindo que as plataformas criem mecanismos para promover o uso saudável e evitem incentivar comportamentos compulsivos.

O uso consciente das redes sociais é crucial. Devemos promover o uso saudável das plataformas, combater a desinformação e discurso de ódio, e proteger a privacidade dos dados. As marcas devem criar valor utilizando as redes sociais para gerar conteúdo que não apenas venda, mas que também contribua para um mundo melhor. Além disso, um toque de humor e leveza pode tornar as redes sociais um espaço mais positivo e inspirador.

A responsabilidade de tornar as redes sociais um lugar melhor está nas mãos de todos: marcas, plataformas e utilizadores. Através da sua utilização consciente, podemos construir um futuro mais positivo e humano.

Este artigo foi partilhado pela Visão.

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