Que tal admitir que não sabemos tudo e que o processo criativo é feito de tentativa e erro? Que é no erro que se cresce? Vamos continuar a jogar pelo seguro ou vamos fazer algo que fique na história?
Há umas semanas, o António Fuzeta da Ponte, Diretor de Marca e Comunicação da NOS, desafiava neste artigo todas as marcas e agências a afirmarem em uníssono um tempo novo para começar os sonhos hoje. Desafio aceite! Mas sem dramas nem egos inflamados — isto não é um ringue, é um convite à provocação criativa. Se as agências não forem desafiadas a pensar além, quem será? Somos nós que transformamos o banal em algo memorável, que damos vida às ideias que fazem a diferença.
Fala-se muito de “hoje”. Mas “hoje” não é só mais um dia no calendário. É um palco, uma oportunidade para fazermos aquilo que sabemos: criar impacto, emocionar, deixar um legado. Mas será que estamos mesmo prontos para esse desafio? Não só este, mas o de um mercado cada vez mais cético, onde os consumidores pedem autenticidade enquanto apontam o dedo à primeira falha?
A autenticidade virou o termo do momento. Enche relatórios de tendências, apresentações inspiradoras e até os nossos discursos mais apaixonados (sim, todos já caímos nessa). Mas será que a estamos a praticar de verdade? Ou só estamos a criar versões bonitinhas da realidade, moldadas para agradar ao algoritmo?
2025 não será ano para conversas vazias. Ou se é real, ou se é irrelevante. As marcas precisam de ser genuínas, responsáveis e, acima de tudo, humanas. Porque a tecnologia pode fazer muita coisa, mas há algo que nunca vai substituir: um momento autêntico, um impacto verdadeiro. E se não soubermos construir isso, estamos a fazer tudo ao contrário.
E já agora, porque continuamos a ter medo? Medo de falhar, de propor ideias que podem ser rejeitadas, de sair do caminho seguro. Que tal admitir que não sabemos tudo e que o processo criativo é feito de tentativa e erro? Que é no erro que se aprende, que se cresce. Está na hora de parar de falar sobre inovação e começar a praticá-la. Criar. Testar. Errar. Arriscar. Não apenas para agradar clientes, mas para construir algo que realmente faça sentido.
Sim, hoje é o dia. Mas e amanhã? Vamos continuar a jogar pelo seguro ou vamos fazer algo que fique para a história? O palco está aí. Quem vai ocupá-lo?
Este artigo foi publicado no ECO.
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